Quando Jesus ensinava uma parábola era como se Ele entregasse um espelho na mão de quem estivesse ouvindo para que pudesse se ver. Por isso, neste encontro Dra. Filó nos convida para olhar para o espelho que Jesus nos entrega ao contar a parábola do ‘Filho Perdido’.
Por mais difícil que seja nos avaliar e nos enxergar nessa parábola, precisamos refletir para identificar em qual personagem da história nos reconhecemos. Será que somos o filho mais novo ou o mais velho? Ou mesmo, um pouco dos dois?
Todos nós já fizemos como o filho pródigo em algum momento da vida e fomos viver longe de Deus. Se pararmos para avaliar, vamos perceber quantas vezes fomos buscar o amor onde ele não estava, por acreditar que podemos caminhar sem Deus. E assim, estamos sempre procurando por aprovação dos outros, vivendo uma vida de dependências, porque o amor que o mundo nos oferece não sacia o nosso coração.
Mas apesar de nossa renúncia, Deus nos ama e dá a cada um de nós a coisa mais preciosa que temos: a liberdade. Assim, quando decidimos voltar, Deus nos recebe de braços abertos, com tamanha alegria que chega a ser difícil aceitar um amor tão gratuito. Acreditamos que é mais fácil ser empregado. Porque isso exige uma dignidade de viver uma vida que corresponda à nossa filiação divina.
Por outro lado, às vezes somos como o filho mais velho. Não abandonamos o Pai e vivemos em obediência a ele. Porém, quando vemos Deus ter misericórdia com alguém que viveu a vida em pecado, cresce em nós o ressentimento, a inveja. Não conseguimos aceitar que Deus faça mais por quem faz menos por Ele.
Isso porque, estamos sempre nos comparando. E se vivemos assim significa que não nos convertemos. Porque o dia que compreendermos o que é o amor, não haverá comparação.